No país, o DKW Vemag era popularmente chamada de Vemaguet a partir de 61.Havia uma época em que dirigir com o braço apoiado na janela tinha seu charme. E acreditavam que não havia lugar mais seguro para levar as crianças para passear que o compartimento traseiro das peruas, transformado em playground móvel. Nessa época a perua DKW andava pelas ruas, deixando um rastro produzido pela mistura de gasolina e óleo dois tempos. Oficialmente, ela foi o primeiro carro fabricado no Brasil, já que a Romi-Isetta, com apenas uma porta, não era considerada oficialmente um automóvel. Classificada como "camioneta de transporte misto", tinha motor dois tempos de 900 cm3 com 38 cavalos e era a opção nacional para famílias pequenas, com crianças pequenas.
Invertendo a ordem natural dos lançamentos, só foi fabricar um sedã dois anos depois da perua(de 1956), quando a peruinha já havia passado por um leve face-lift em 1957 e, um ano depois, por um redesenho radical. Somente em 1961 a perua passou a ser chamada de Vemaguet.
Os seus três cilindros eram capazes de fazer o mesmo trabalho de seis. E o motor dois tempos, que se gabava de ter apenas sete peças móveis (virabrequim, três pistões e três bielas), funcionava bem.Com tração dianteira, a perua se fazia ouvir de longa distância, defumava os locais por onde passava e seguia em frente com ânimo para levar cinco adultos mais 100 quilos de bagagem, auxiliada pelo câmbio de quatro marchas. A partir de 1959 sua capacidade cúbica aumentou para 981 cm3 e passou a contar com 50 cavalos de potência.
Na hora de abastecer, os DKW obrigavam o motorista a fazer cálculos para que a adição de óleo dois tempos na gasolina ficasse sempre na proporção de 40:1, misturados diretamente no tanque. O Lubrimat, dispositivo que possibilitava armazenar o óleo separadamente, só seria adotado em série em 1965.
A simplicidade dos Vemag não se restringia ao motor: tanto a suspensão dianteira como a traseira tinham apenas um feixe de molas transversais.A DKW alcançava 115 km/h de máxima e levou 28,2 segundos para ir de 0 a 100 km/h.Fazia 10,3 km/l.
Tinha recursos que contribuíam para que o consumo não fosse alto. Além da roda livre, dispositivo que fazia com que o carro se comportasse como se estivesse em ponto-morto quando a carga sobre o acelerador era aliviada, a Vemaguet tinha também acelerador de duplo estágio, cujo pedal endurecia quando pressionado além de determinado ponto.
Foram poucas as mudanças entre as 48000 unidades produzidas ao longo de 12 anos. Em 1964 as portas tipo "suicida" foram substituídas pelas de abertura normal. E em 1967, ano de sua despedida, recebeu uma enorme grade com frisos horizontais que tomavam toda a dianteira e aposentaram o tradicional oval característico dos DKW Vemag.
O utilitário teve versões "populares": a despojada Caiçara, de 1962, e a Pracinha, lançada em 1964 e equipada com nada mais que o mínimo necessário para rodar. Mas custava quase a metade da perua de linha e tinha financiamento da Caixa Econômica Federal.
Um comentário:
Parabens pelo video!! Ainda, durante minha infancia, os vemaguets eram produzidos, já que nasci em 1963.Minha infancia, os DKWs e seu ronco caracteristicos estão intimamentes ligados. Quanta emoção viajar no chiqueirinho, na perua vemaguet!! kkk
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