Lançado na Itália em 1990, ele era um sedã médio baseado no Tipo e veio enfrentar os já cansados Chevrolet Monza, Volkswagen Santana e Ford Versailles. No desenho, o Fiat se destacava pela inclinação suave do pára-brisa e das colunas traseiras e, principalmente, pelo elevado porta-malas. A modernidade do projeto aparecia nos vidros rentes à carroceria e no ângulo de abertura das portas. Apesar dos apenas 4,35 metros de comprimento, o espaço interno era destaque e o porta-malas de 413 litros só perdia para o do Prêmio.
Vidros e travas elétricas, ar-condicionado, direção hidráulica progressiva, toca-fi tas, rodas de liga leve e até acabamento de madeira faziam parte do cardápio de equipamentos da linha Tempra, dividida nas versões básica e Ouro.Seu motor 2.0 rendia 99cv, chegava aos 167km/h, de 0 a 100km/h em 13,7 segundos, na versão 8v que iria render mais ainda.Logo o Tempra turbo (imagens logo abaixo), também 2.0 renderia 165cv/5250rpm em 1994, com 26,5m.kgf/3000rpm, aceleração de 0 a 100km/h em 8,5 segundos, e maximas perto dos 220km/h.
Uma relação final de transmissão mais curta amenizou certa letargia do motor quando, em setembro de 1992, surgiu a versão duas portas. Com colunas traseiras um pouco mais largas, ela nunca chegou a repetir o sucesso do sedã. Finalmente, em abril de 1993, saiu a versão 16V do Tempra.Primeiro motor nacional com quatro válvulas por cilindro, ele já possuía injeção eletrônica multipoint e, com seus 127 cv, chegava a 191,5 km/h.O tempo de 0 a 100 caiu para 10,54 segundos. Discos de freio vinham nas quatro rodas, auxiliados por ABS opcional. Bancos de couro, CD player e check-control também podiam ser escolhidos pelo dono.
Em abril de 1994, o Tempra 8V 1995 abandonava o carburador pela injeção eletrônica e produzia 105 cv. Suspensão, freios dianteiros e painel eram os mesmos do Turbo e a grade ganhava um desenho mais simples. Ainda em 1994, a Fiat passou a importar a perua Tempra, com sua traseira de cortes retos e painel exclusivo. Para 1995, o motor do Turbo passou a equipar o Tempra de quatro portas na versão Stile.
Em 1996, quando já se falava na aposentadoria do modelo, os faróis fi caram mais estreitos. Outros retoques vieram em 1998 - grade, párachoques, maçanetas e colunas pintadas de preto - para tentar mantê-lo interessante, mesmo com a chegada anunciada do Marea, nova geração de Fiat médio. O ano de 1999 foi o último do modelo. Reflexo dos novos tempos da Fiat, um projeto moderno, sofi sticado e inovador como o Tempra não chegou a completar uma década. Mesmo com seus atrativos, o Marea, lançado em 1998, nunca alcançou o carisma e o status do Tempra em seus melhores dias. A Fiat certamente não reclamaria de ver um pouco dessa história de renovação e superação se repetir com o futuro Linea.
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