Batizado de projeto R-109, o Dauphine começou a ser concebido na França, em 1951, para ser um carro de baixo preço e econômico, além de confortável, rápido e seguro. Uma grande expectativa nas costas do carrinho de 31 cavalos que se apresentou ao público em 1956, saído da linha de montagem localizada em Flins, no vale do Siena.
O Dauphine, tinha estrutura monobloco, ficava entre o 4c - o mais popular da Renault - e o Fregate, o maior e mais luxuoso modelo da marca. Com quatro portas e linhas suaves e arredondadas, apresentava um harmonioso equilíbrio nas proporções. Na dianteira, a moldura central do pára-choque, por onde passa o estepe - que fica guardado sob o porta-malas - disfarça a ausência da grade, dispensada pela localização traseira do motor.
O grande volante cresce ainda mais quando se tem uma visão geral do interior do carro. No entanto, o diâmetro de giro é pequeno (pouco mais de 10 metros), o que facilita as manobras.O conjunto dos instrumentos é composto de velocímetro com escala semicircular de 10 a 130 km/h e que moldura as luzes-espia do dínamo e pressão do óleo, além do marcador de temperatura e nível de combustível.
Para atingir os 100 km/h era preciso muita calma, 48 segundos.A velocidade máxima é de 116,5 km/h.Consumia na média 15,1 km/l.O Dauphine era "pelado" em relação aos equipamentos. Nem o retrovisor externo era de série. No entanto, apesar do sistema elétrico de 6 volts, tinha eficientes faróis sealed beam e carburador Solex dotado de um prático afogador automático. Seu preço era praticamente o mesmo do Volkswagen Sedan(o fusca).
O Dauphine foi comercializado até 1965. Conviveu por três anos com o Gordini, irmão mais potente (40 cavalos) e ligeiramente mais bem acabado, que sobreviveria por ainda mais três anos depois da aposentadoria do seu precursor.Se você tem um Dauphine ou vai comprar, não se esqueça que o psi dos pneus dianteiros é de 13 e do traseiro 19, e parte da má fama de sua suspenção deve-se aos motoristas que enchem os pneus com o psi errado.
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