Atendendo um pedido direto da revista Quatro Rodas, Anísio Campo, Rino Malzoni, Jorge Lettry e Milton Masteguin criaram o GT4R.
O propósito era de sorteio entre os leitores, em 1969. Foram sorteados 3 carros, um verde, um azul e o bronze da foto, todos metálicos.
O propósito era de sorteio entre os leitores, em 1969. Foram sorteados 3 carros, um verde, um azul e o bronze da foto, todos metálicos.
Um quarto carro foi fabricado para exposição na fábrica, posteriormente vendido a uma insistente senhora.
Anísio Campos e Rino Malzoni(os criadores)
A plataforma era do Karmann – Ghia, a mesma utilizada no Puma GT 1500, porém sem encurtar os 25cm entre os eixos.
O motor VW 1600 a ar, recebeu carburação e comando P2, que dava um tempero melhor sem comprometer a vida útil.
O motor VW 1600 a ar, recebeu carburação e comando P2, que dava um tempero melhor sem comprometer a vida útil.
O nascimento de um dos mais exclusivos carros já fabricados no Brasil teve origem na idéia de QUATRO RODAS de presentear três leitores com um GT especialmente construído para eles.
Durante o primeiro semestre de 1969, os leitores puderam acompanhar os passos da criação e construção do carro, na oficina de Rino, em Araraquara. Em janeiro daquele ano um primeiro esboço do estilista (assim eram chamados os designers na época) Anísio Campos funcionou como aperitivo do que viria pela frente. Nas edições seguintes, reportagens acompanharam a evolução do protótipo. A edição de julho já trazia o primeiro dos cupons que deveriam ser enviados pelo correio, enquanto crescia a expectativa em torno das formas definitivas e do motor a ser adotado.
A plataforma foi cedida pelo Karmann-Ghia. Durante a fase de projeto e testes foram cogitados dois motores, os VW 1600 e 1800. A opção foi pelo primeiro, standard, temperado com dupla carburação Solex 32/34 e comando de válvulas P2. “Seria uma aventura usar o 1800”, diz Jorge Lettry, referindo-se à baixa confiabilidade do motor envenenado.
Seu interior era tipicamente americano,naquela época 2 crianças podiam ir atrás
A edição de setembro anunciava o final dos testes de campo: “... foram mais de 15000 quilômetros rodados em apenas duas semanas”. Para ser aprovado no teste de vedação, o GT ficou meia hora embaixo do chuveiro num lava-rápido, disse Rino Malzoni. Ele pode até ter se saído bem naquela época, mas segundo Antonio Pinho, seu atual e terceiro proprietário, nessa prova o Puma não pegaria nem recuperação, com infiltração pelas vedações do pára-brisa e portas. Mas Pinho não poupa elogios à estabilidade, “melhor que a do Puma”.
No interior, volante "Fórmula 1" original da fábrica de Emerson Fittipaldi e
couro em profusão com o charme do console que atravessa o carro.
A posição de dirigir é a clássica “braços e pernas esticados”. O câmbio é o mesmo do Fusca e o diferencial é o da Kombi, mais curto. Essa combinação deixa o carro com respostas mais rápidas. Mas a direção não é das mais espertas e é da categoria peso pesado.Hoje em dia cerca de 50% dos carros produzidos sobrevivem, uma boa faixa para um carro que foi feito a mais de 30 anos.
Imagens do Puma GT 4R retiradas de um filme.
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